

Museu Digital do Pagode Baiano
Modinha
A modinha caracteriza-se inicialmente, como uma canção solista que inclui nas suas temáticas, romance e formas poéticas diversas. Várias são as suposições sobre a origem da modinha, mas a que mais colabora com nosso entendimento é de que a modinha foi um gênero musical luso-brasileiro, pois existem duas concepções envolvidas: a primeira refere-se ao fato de o termo moda ser atribuído de forma genérica a qualquer canção portuguesa que tivesse a temática romântica e poesia em suas formas composicionais no século XVIII em Portugal; a segunda, parte do entendimento de que na Bahia, ainda no século XVII existiam mestiços que cantarolavam canções pelas ruas com suas violas cantando versos lascivos. (TINHORÃO 2013, p. 17).
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Decorre que em Portugal já existia um gênero musical denominado moda, como dito anteriormente, a moda portuguesa possuía canções líricas e de períodos de duração curtos, compostas para uma ou duas vozes e eram acompanhadas de piano, clavicórdio, guitarra portuguesa e a viola de arame. A modinha, denominada assim pelo mulato Domingos Caldas Barbosa que popularizou o gênero no Brasil e em Portugal, apresentava algumas diferenças da moda portuguesa, como a melodia modulante, ritmos sincopados, cromatismos na sua linha melódica. Além do uso da viola de arame e da guitarra portuguesa, o violão também era utilizado.
Ao lirismo e à delicadeza da moda portuguesa acrescenta-se na temática da modinha os temas amorosos, mulheres, corações feridos, sofrimento e saudade. Além do uso da viola de arame e da guitarra portuguesa, o violão também era utilizado. Ao lirismo e à delicadeza da moda portuguesa acrescenta-se na temática da modinha os temas amorosos, mulheres, corações feridos, sofrimento e saudade.
A modinha, denominada assim pelo mulato Domingos Caldas Barbosa que popularizou o gênero no Brasil e em Portugal, apresentava algumas diferenças da moda portuguesa, como a melodia modulante, ritmos sincopados, cromatismos na sua linha melódica. Além do uso da viola de arame e da guitarra portuguesa, o violão também era utilizado. Ao lirismo e à delicadeza da moda portuguesa acrescenta-se na temática da modinha os temas amorosos, mulheres, corações feridos, sofrimento e saudade.
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Outro aspecto da modinha é a influência afro-brasileira, algumas delas compostas no século XVIII no Brasil, possuíam uma base rítmica e melódica que se aproximavam do lundu, do maxixe, do choro e por consequência do samba e do pagode por manterem a característica da base sincopada e a forma de tocar a viola de arame usando o staccato, essas duas características formam os elos de ligação entre a modinha e os gêneros anteriormente citados.
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Aspectos musicais da modinha.

Além do uso da viola de arame em desuso atualmente e substituída pela viola caipira e da guitarra portuguesa, o violão também era utilizado.
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No Brasil o instrumento foi introduzido pelos portugueses e o nome "violão", derivado da viola portuguesa que também tem suas raízes espanholas.
O violão é conhecido também pelo nome de guitarra clássica em diversos países, no Brasil o nome atual (violão) foi mantido devido às influências da cultura portuguesa no nosso território.
São inúmeros os nomes mais influentes na arte de tocar o instrumento, como:
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Niccolò Paganin (1782-1840);
Franz Schubert (1797-1828);
Ferdinando Carulli (1770-1841);
Fernando Sor (1778-1839);
Andrés Segovia (1893-1987). Dentre outros.
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No Brasil temos nomes como:
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Baden Powell (1937 - 2000);
João Bosco (1946);
Rafael Rabello (1962 - 1995);
Ulisses Rocha (1960);
Yamandu Costa (1980). Dentre outros adeptos desse fascinante instrumento popular.
Clique no Player e ouça o
som do instrumento
Aspectos Harmônicos/Melódicos
Melodia modulante;
Canto vocal solo;
Cromatismos na sua linha melódica.
Aspectos Rítmicos
Ritmos sincopados; Uso do staccato
Temáticas
Temas amorosos; Mulheres; Corações feridos; Sofrimento e saudade.
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ELVIRA ESCUTA
(Autor anônimo)
“Elvira escuta os meus gemidos
Que aos teus ouvidos irão chegar.
Não sejas traidora, tem dó de mim,
Tem dó dest’alma que te sabe amar.
Se tu me amas como eu te amo,
Eu te prometo não te desprezar.
Não sejas traidora, tem dó de mim,
Tem dó dest’alma que te sabe amar.
Teu coração é um rochedo,
Este rochedo é meu penar.
Não sejas traidora, tem dó de mim,
Tem dó dest’alma que te sabe amar.
Sobe a escada, vem devagar,
Elvira dorme, pode acordar.
Não sejas traidora, tem dó de mim,
Tem dó dest’alma que te sabe amar.
Ainda mesmo depois de morta,
As tuas faces irei beijar.
Não sejas traidora, tem dó de mim,
Tem dó desta’alma que te sabe amar.